A Anatomia da Esperança e do Otimismo
Stanley Keleman
A esperança é a expectativa enraizada na capacidade passada do organismo de ter resolvido um problema, de forma involuntária como curar um corte, superar uma doença, ou crescer e se tornar um adulto. A esperança então está na capacidade de regular com esforço muscular voluntário um padrão de expressão, uma nova forma de agir que dê ao organismo uma experiência diferente da fé em si mesmo para inventar comportamentos para agir, ou para encontrar uma orientação para viver com o que é. Aí se encontra a esperança em seu espectro mais amplo, especialmente para aqueles que enfrentam calamidades naturais.
A esperança está calcada nos sistemas visceral e límbico, que nos dão a sensação de ter um futuro, um amanhã, e que temos a capacidade de resistir, recolher ou planejar um ataque e arriscar sermos vitoriosas. A esperança vem somente quando você reconhece que existem opções reais e que você tem escolhas genuínas. A esperança só pode florescer quando você acredita que o que você é capaz de fazer pode fazer uma diferença, que suas ações podem te trazer um futuro diferente do presente.
O esforço cortical muscular voluntário cria a capacidade de regular nossas expressões e as emoções e pensamentos que as acompanham. Ou seja, o organismo pode alterar seu próprio ambiente interno, seus próprios padrões de ação e inventar expressões musculares que não apenas influenciam o mundo exterior, mas também a estrutura do próprio organismo; isto reforça a confiança inata de poder superar ser uma vítima das circunstâncias e de formar uma nova expressão motora da cena e orientação corticais.
Isso quer dizer que a esperança não é um estado de espírito. É uma organização criada pelo organismo. Não é a mente sobre a matéria; é a nossa realidade celular organizando uma orientação pessoal. Ter esperança, então, é adquirir uma crença na sua capacidade de ter algum controle sobre suas circunstâncias. Você não está mais inteiramente à mercê de forças fora de você.
A esperança permite a alguns viver mais, e ajudará a todos a viver melhor. Ter esperança está enraizado na capacidade de alterar a forma como você age e pensa, é um esforço voluntário, esta é a raiz da esperança.
Stanley Keleman, 2005
Tradução: Leila Cohn
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